quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ESTUDO BÍBLICO

A FÓRMULA SAGRADA (Êx: 30:1-10;34,35)
    O incenso era queimado sobre o altar todas as manhã e tardes. Ao amanhecer, quando o sacerdote entrava no Lugar Santo, para preparar as lâmpadas do castiçal; ao anoitecer, quando ele retornava para acendê-las (Êx:7:8).
   Uma recomendação digna de nota era que não se queimasse sobre o altar incenso estranho (Êx:7:9). Tinha de ser elaborado conforme a fórmula divina e somente oferecida por sacerdote consagrado (Nm:16:40). Outra espécie de incenso seria como a oração, a qual não é feita no nome de Jesus, ou é repetida sem o arrependimento verdadeiro e fé genuína (Jo:14:13).
    A fórmula determinada por Deus era composta por três substâncias (ESTORAQUE, ONICHA e GÁLBANO) , mas o INCENSO PURO, e temperado com SAL (Êx:30:34,35).
    Por representar nossa vida de oração, o incenso nos fornece, em sua composição, inspirações preciosas.
Nas colinas da Palestina encontra-se um arbusto lindo e perfumado denominado Stryrax. Sua altura máxima é de sete metros. O significado hebraico de Styrax é gota; e no grego, stactê, significa, literalmente, aquilo que pinga em gotas. Isso explica o nome do ESTORAQUE usado no incenso. Essa substância aromática desprendia-se naturalmente de sua planta. Espontaneamente, o Styrax destilava pequenas gotas com o cheiro agradável, que eram tão somente recolhidas e usadas na composição do incenso. Sabe o que isso significa? Que o nosso louvor e a nossa adoração devem ser espontâneos. Deus não se agrada do louvor obrigatório e forçado.

Louve a Deus, e reconheça os feitos grandiosos do senhor que fez os céus e a terra. Adore-o, porque crê em um Deus vivo e verdadeiro que a si mesmo se esvaziou achando forma de homem para morrer por todos (Fl:2:6-8). Louve-o, porque sua alma se alegra; o seu espírito se regozija com gloria e a comunhão do Senhor. Você pode receber sua presença santa ao seu lado; então, natural e espontaneamente, adore-o na beleza da sua santidade.



Único componente de origem animal, a ONICHA era extraída de um molusco marinho chamado “Strombus” (sua concha reduzida a pó lançar de si cheiro agradável quando queimada), que vive no fundo dos mares orientais. Fala-nos de profundidade.
O que aprendemos com este elemento? É que nossas orações e adorações devem subir do profundo de nossa alma. No Salmo 130:1, afirma Davi: Das profundezas clamo a ti. E no versículo seis ele exclama: A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã.
Temos em Ana o exemplo de quem com amargura de alma orou ao Senhor     (1Sm:1:9-18). É assim que devemos suplicar. Não apenas de lábios, mas do mais íntimo, do profundo do nosso ser devem vir o nosso clamor e a nossa adoração. Há ocasião em que temos comunhão com os santos na igreja ou em família. Embora seja isso uma bênção que nos edifica e fortalece os laços do amor, não é o suficiente. É preciso termos um momento a sós com o Pai.
    O Senhor Jesus orava com seus discípulos; ensinava-os a buscar a Deus, mas, de vez em quando, afastava-se para estar sozinho em oração. Se Cristo precisava disso, quanto mais nós. Quando separamos um tempo para estar em comunhão com o Senhor, Ele nos enche da sua graça, força, sabedoria e do seu poder. O Senhor nos concede também bênçãos, que podemos até repartir com a nossa família, igreja e nossos amigos.
    Na Arábia, Pérsia, Índia e África existem um abusto chamado GÁLBANO, cuja resina fragrante era utilizada na medicina e queimada para afugentar os insertos. Este foi o terceiro elemento ordenado por Deus na fabricação do incenso sagrado.
Ao contrario do estoraque que se despendia espontaneamente da planta, o perfume do gálbano era obtido mediante a trituração das folhas e galhos. A planta tinha de ser moída, esmagada, machucada para fornecer a substância com o cheiro agradável. De igual modo, nossa adoração tem que ser quebrantada e contrita (Sl:51:17).
    Certo jovem filho de um pastor, cantava no sepultamento de seu pai, A Igreja inteira presenciava a cerimônia fúnebre. Enquanto ele cantava o hino predileto de seu pai, todos choravam pessoas foram levadas ao arrependimento e a salvação. Por que aquele louvor foi retirado de um coração contrito, moído e machucado como a folha do gálbano. Deus não somente recebeu tal adoração, mas também a usou poderosamente para o engrandecimento do seu reino e a gloria do seu nome.
O INCENSO PURO era uma resina branco-amarelada, que escorria de cortes feito de uma planta denominada Boswelia, encontrada em abundância no sudoeste da Arábia. Produto valioso, era grande fonte de riqueza para os comerciantes. De sabor ácido e picante,tinha um grande aroma quando queimada.
    Como se ver (Êx:30:34b), o incenso puro era acrescentado á mistura que constituía a fórmula usada no altar. Na Bíblia distingui-se freqüentemente um do outro. Sendo o incenso sagrado um tipo de Jesus, as três primeiras substâncias aromáticas falam-nos daquela perfeição que contemplamos nele, que e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus-Cristo (Cl:2:2).
 O incenso puro, por sua vez, representa o que Deus vê na pessoa inefável de Jesus; a essência suave de sua vida que levou o Senhor a dizer: Ele é a imagem de Deus invisível,...Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,...Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele (Cl:1:15-17).
Na composição deste incenso especial estavam três elementos do reino vegetal: o estoraque, o gálbano e o incenso puro; um do reino animal: a onicha; e outro do reino mineral: o SAL, puro e santo, com o qual era temperado (Êx:30:35b). Os três reinos da natureza devem louvar e adorar o seu Criador.
    Ensina-nos o Novo Testamento que somos o SAL da terra (Mt:5:13). A presença dele no incenso sagrado indica que, devemos adorar a Deus com toda nossa vida. O Senhor que ser louvado, não apenas com cânticos, mas com sentimentos. Não apenas com palavras, mas com pensamentos. Não apenas com ações, mas com nossas reações. Honrar a Deus com ações com atitude, até que é fácil. Difícil é fazê-lo com nossas reações. A atitude, como norma de proceder, pode ser estudada, e premeditada. Mas a nossa maneira de reagir diante do inesperado, dos imprevistos do dia-dia, é que revela a espécie de Sal que somos. Como é que temos reagidos quando alguém tenta nos humilhar? Como temos suportados, ao sofre injustiça? Qual nossa reação quando é deliberadamente tentado por alguém do sexo oposto, ou por quem lhe oferece tóxico ou álcool?
Peçamos ao Senhor que nos dê temperança, moderação e equilíbrio. Para sermos aquele Sal com paladar, que serve para temperar, é necessário que, primeiramente sejamos dosados pelo Espírito Santo.
Ninguém podia fazer uso deste incenso único e inimitável. Se alguém o queimasse para deleite próprio era castigado (Êx:30:37,38). Isso nos fala do erro de se converter o culto em algo apenas emotivo para o simples prazer do homem natural. O objetivo único do louvor deve ser a adoração a Deus. A boa musica em nossas igrejas devem ser executada com a finalidade única de se louvar ao Todo Poderoso. E que os pregadores eloqüentes exponham realmente a palavra de Deus, alimentem a igreja e exaltando o nome do Senhor. Temos que lembrar que Deus quer ser adorado em Espírito e em verdade (Jo:4:23,24).
Deus ordenou a Moisés que construísse um altar para ser um local de adoração. Ali, o incenso era colocado e o seu aroma agradável subia como cheiro suave a Deus. A igreja também é determinada para adoração.
Adoramos ao Senhor em qualquer lugar onde nos encontramos, é claro. Mas quando nos dirigimos à igreja sabemos que é especificamente com a finalidade de adorar e louvarmos ao Senhor.

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